Uma criança de 9 anos, por ser gaga, merece estar exposta à agressões verbais e físicas por seus pares?
Está não é simplesmente uma pergunta retórica, mas um fato que ocorreu em uma escola de Ensino Fundamental ( 1a. à 4a. Séries) da região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, onde uma garoto sofreu uma série de golpes praticados por colegas da mesma classe, iniciadas dentro da mesma e intensificadas fora dos portões da escola, as quais culminaram na hospitalização do garoto no dia seguinte.
A postura de escola, qual deveria ser? Imagina-se que a abrir a escola para debater o assunto, não só à comunidade escolar, mas à comunidade como um todo, pretendendo esclarecer e abolir a ideia preconceituosa de inferioridade com relação às diferenças e mesmo à gagueira. Infelizmente não foi o posicionamento tomado pela mesma, que simplesmente suspendeu os alunos infratores e depois de ter sido procurada pela imprensa pensa em convocar uma reunião de Conselho de Escola, para expulsá-los da mesma.
Mas a questão vai mais além, do que simplesmente a postura da escola. Nos leva a pensar, até que ponto, as brincadeiras e interações entre adolescentes, que fizeram parte da vida da maioria das pessoas na escola, podem ser consideradas "normais", e quando passam a representar uma forte agressão, capaz de causar danos sérios ao colega, e que passa a ser classificada como "Bullying"?
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